A um poeta não falta desculpa para fazer poema!
Vejam então se não é no mínimo engraçado:
Mal lhe cai na mão de ideia um mau punhado
E lá vai ele marcar, nervoso, o papel com a pena.
Sim, pode ser sim o riso de uma morena!...
Mas também pode ser um doido na praça.
Que poeta é feito um bobalhão em cena,
Que em tudo na vida quer meter uma graça.
Vê, onde tem uma coisa, no mínimo duas...
E olhe lá! Que vê coisa também onde não tem.
Louco? Deus sabe! Más maneiras são as suas!
Mais produz se uma moça lhe faz um bem...
Mas também se tem no peito um “vos vi mal”.
Poeta, olhai bem, ou inda irá ao hospicial.
Codó, 30 de abril de 2010.
Quem sou eu
- Nilson Costa Filho
- Teresina, Piauí, Brazil
- Ah! Meu coração é mole/ Feito língua de moça./ Prefiro a calma a usar a força,/ Que carne de gado criado em morro é muito é ruim:/ Dura danada.// No bombardeio ergo sempre a bandeira branca,/ Cor que cedo não quero em minha trança,/ Mesmo que digam que é experiência.// Antes mesmo de tantos lamas e Ghandi,/ Foi que se inventou a calma dos monges./ Apesar dos últimos incidentes no Tibete. - Tapuia. Mestre em Letras/Linguística pela UFPI. Professor. Arre(medo) de poeta. Artista (de)plástico nas horas vá(ri/g)as. Aquele que nasceu no rio.
Um comentário:
Esse pareceu um retrato teu. Aliás, é sim, Sr. Poeta.
;*
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