Quem sou eu

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Teresina, Piauí, Brazil
Ah! Meu coração é mole/ Feito língua de moça./ Prefiro a calma a usar a força,/ Que carne de gado criado em morro é muito é ruim:/ Dura danada.// No bombardeio ergo sempre a bandeira branca,/ Cor que cedo não quero em minha trança,/ Mesmo que digam que é experiência.// Antes mesmo de tantos lamas e Ghandi,/ Foi que se inventou a calma dos monges./ Apesar dos últimos incidentes no Tibete. - Tapuia. Mestre em Letras/Linguística pela UFPI. Professor. Arre(medo) de poeta. Artista (de)plástico nas horas vá(ri/g)as. Aquele que nasceu no rio.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

As mesmas coisas

Cá estou eu a te falar novamente,
Numa repetição decerto já quase vã,
As mesmas coisas que te disse ontem,
As mesmas coisas que te direi amanhã.

A mesma saudade em tudo o que faço,
E por isso mesmo o mesmo desejo.
Enquanto lembro teu corpo, o mormaço;
Enquanto em todo o meu corpo relampejo.

E sei, amor, que só te direi diferente,
Ainda que as mesmas coisas, como sempre digo,
Quando, nos braços abraços, eu estiver contigo.

Então as mesmas coisas te direi, certamente.
Mas com o meu corpo todo, enfim:
Com dedos e lábios... E teus olhos em mim!

Belo Horizonte, 29/09/2009.

Prostituto

Amor, ainda é noite!
Eu não quero teus afagos.
Deixa o dia amanhecer.

Deixemo-los para a manhã, logo cedo.
Eu sinto o teu peito bater,
Os teus mamilos tesos,
A tua pele quente, onde meu beijo chia...
Eu te sinto desaguar!

Mas se trago os teus sabores
Volto aos teus açoites.

Por isso tenho medo.

Eu preciso antes me ver nos teus olhos,
Preciso saber se estou em tuas retinas.

Bh, 21/09/09

Artífice

Sim, Deus, foste inconseqüente!
Que nos fez de barro, verdadeiro esboço,
E a mulher, parte partida a partir da gente.

Da argila nos moldou,
Com toda a imprecisão de artesão iniciante,
Ainda incipiente.
Quando exímio manuseador da lâmina cortante,
Da carne, as modelou,
Já bastante experiente.

Da costela, deu-lhes as curvas,
Da carne, o desejo...

E a nós? Olhos!
Para ver, para dar nome às coisas.

E, assim, desde Adão está na cara: mulher-melhor!
Graças a Ti, oh Deus!
Graças a Ti!

Bh-MG, 15/09/2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Nem tudo o que reluz é os óio de minha nega,
Reluz também os meu
Na hora que ela chega.

Depois de pouca conversa,
No quarto a gente chamega.
E sem precisar de muita pressa
A gente não se assussega.

Nem tudo o que reluz é os óio de minha nega.