Línguajá
A língua é uma onça. Não sejamos um toco de amarrar língua.
Quem sou eu
- Nilson Costa Filho
- Teresina, Piauí, Brazil
- Ah! Meu coração é mole/ Feito língua de moça./ Prefiro a calma a usar a força,/ Que carne de gado criado em morro é muito é ruim:/ Dura danada.// No bombardeio ergo sempre a bandeira branca,/ Cor que cedo não quero em minha trança,/ Mesmo que digam que é experiência.// Antes mesmo de tantos lamas e Ghandi,/ Foi que se inventou a calma dos monges./ Apesar dos últimos incidentes no Tibete. - Tapuia. Mestre em Letras/Linguística pela UFPI. Professor. Arre(medo) de poeta. Artista (de)plástico nas horas vá(ri/g)as. Aquele que nasceu no rio.
sexta-feira, 2 de novembro de 2018
Uno-outro
A gente é preto!
A gente, se perto,
Se perde no escuro
Um do outro,
Um no outro.
A gente não tem dessa,
Interrompe a conversa,
A gente se apressa
E come cru,
Até o caroço.
Um no outro,
A gente se borra
E deixa nódoa
Do nosso encontro.
É nosso angu!
Bom Jardim, 5/3/18.
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Como o besouro que numa folha copula,
Onde depois sua dama porá ovo a ovo,
O teu cheiro de fêmea me estimula
A ser tão-somente bicho de novo.
E que bom ser só da Natureza, afinal!
Cresce, inflama, corre, perfuma...
O corpo, assim, nos traduz animal.
Assim se igualam as almas uma a uma!
E sou bicho em teu corpo enroscado...
Tu és a fonte; eu, o animal sedento
Que se lambuza no teu mel salgado.
Tu és a fera; eu, o teu alimento.
Tu me caças: corpo nu, desarmado,
E eu não fujo. Nem ao menos eu tento.
Bom Jardim, 24 de Março de 2012.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
MÉTRICA CON/SENTIMENTO
Sentimento:
Pouco a pouco
Sentir metro
a metro
Centímetro
a centímetro
Teu corpo.
Codó, 25 de maio de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
HAIQUASES
I
Saudade do hálito fresco
Da boca da noite
Do meu interior.
II
Folha no terreiro.
O vento sopra.
Namoram de mãos dadas.
Saudade do hálito fresco
Da boca da noite
Do meu interior.
II
Folha no terreiro.
O vento sopra.
Namoram de mãos dadas.
sábado, 8 de outubro de 2011
DAS ÚLTIMAS LEITURAS DE NERUDA
Por qué los árboles esconden
el esplendor de sus raíces?
(Neruda)
I
DAS RAÍZES
Há muito tempo
Os galhos de árvores que ficam dentro do chão
Tinham folhas também
O problema é que as minhocas
Naquele tempo
Eram lagartas subterrâneas.
Teresina, 15/07/11.
II
DOS ESCRITORES EXPERIENTES
Perigoso é deixar caneta
E aquele livro que você está lendo (e adora!)
Perto de criança.
Elas sempre fazem emendas
Nas histórias.
Bom Jardim, 16/07/11.
III
DA SABIDURIA
Para Ronald
Eu tenho muita experiência na vida:
Se quiser eu lhe ensino.
Já faz um bom tempo
Que meu trabalho é botar corrente
De bicicleta de menino.
Bom Jardim, 16/07/11.
el esplendor de sus raíces?
(Neruda)
I
DAS RAÍZES
Há muito tempo
Os galhos de árvores que ficam dentro do chão
Tinham folhas também
O problema é que as minhocas
Naquele tempo
Eram lagartas subterrâneas.
Teresina, 15/07/11.
II
DOS ESCRITORES EXPERIENTES
Perigoso é deixar caneta
E aquele livro que você está lendo (e adora!)
Perto de criança.
Elas sempre fazem emendas
Nas histórias.
Bom Jardim, 16/07/11.
III
DA SABIDURIA
Para Ronald
Eu tenho muita experiência na vida:
Se quiser eu lhe ensino.
Já faz um bom tempo
Que meu trabalho é botar corrente
De bicicleta de menino.
Bom Jardim, 16/07/11.
domingo, 10 de julho de 2011
O BURRO E OS CUPINS
Cansada de ver o sofrimento de um burro, que andava mancando por estar peado, a cupim-rainha ordenou a seus operários que roessem a corda que limitava os movimentos do animal.
Assim os cupins fizeram. Esperaram que o burro dormisse e roeram-lhe a peia.
No outro dia, quão grande não foi a decepção de todo o cupinzeiro! O burro continuava mancando.
MORAL: Muitas pessoas estão tão acostumadas às limitações – sobretudo às das idéias – que não adianta tentar lhes ajudar.
Teresina, 01 de julho de 2011.
Assim os cupins fizeram. Esperaram que o burro dormisse e roeram-lhe a peia.
No outro dia, quão grande não foi a decepção de todo o cupinzeiro! O burro continuava mancando.
MORAL: Muitas pessoas estão tão acostumadas às limitações – sobretudo às das idéias – que não adianta tentar lhes ajudar.
Teresina, 01 de julho de 2011.
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