À Enildes
Porém quem poderá nos defender,
Eximir-nos dessa vida analfabeta
Se quando tentamos nos arrepender
Vem outra moça e refaz-nos poeta?
E, então, nisso nos achamos esteta:
Em derramar no papel o que nem é nosso,
A remeter a outro rumo nossa meta
E a nos arrependermos sem remorso.
Mas que fazer se esses olhos mansos
Alcançam onde parecem nem ir
E fazem de nossa correnteza remanso?
Pergunta-me ainda se a alma não cansa.
Cansa! Talvez, talvez! Mas e daí?
Vale amar tempestade; não, viver bonança.
Codó, 4 de junho de 2010.
Quem sou eu
- Nilson Costa Filho
- Teresina, Piauí, Brazil
- Ah! Meu coração é mole/ Feito língua de moça./ Prefiro a calma a usar a força,/ Que carne de gado criado em morro é muito é ruim:/ Dura danada.// No bombardeio ergo sempre a bandeira branca,/ Cor que cedo não quero em minha trança,/ Mesmo que digam que é experiência.// Antes mesmo de tantos lamas e Ghandi,/ Foi que se inventou a calma dos monges./ Apesar dos últimos incidentes no Tibete. - Tapuia. Mestre em Letras/Linguística pela UFPI. Professor. Arre(medo) de poeta. Artista (de)plástico nas horas vá(ri/g)as. Aquele que nasceu no rio.
Um comentário:
o engraçado é que o cansaço nem passa e a gente já se desembesta, querendo amar aos montes!!!
;)
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