Quem muito usa poesia pra dizer de moças
Dá normalmente às palavras outras forças.
Delas – noutros pontos estridentes –
Soam costumeiramente bastante roucas.
Pensem como se sussurradas fossem,
Juntinho mesmo à orelha!
Outras, que predam, que têm garras e dentes aferrados,
Saem – à caça? – mansas, silentes, feito ovelha.
Como grito em rochedo de algodão,
Às nuvens, vão num vão.
Vão não vão.
Vão não vêm.
Vão... Nuvem.
E quando voltam dormentes, dormentes estão!
Codó, 23 de abril de 2010.
Quem sou eu
- Nilson Costa Filho
- Teresina, Piauí, Brazil
- Ah! Meu coração é mole/ Feito língua de moça./ Prefiro a calma a usar a força,/ Que carne de gado criado em morro é muito é ruim:/ Dura danada.// No bombardeio ergo sempre a bandeira branca,/ Cor que cedo não quero em minha trança,/ Mesmo que digam que é experiência.// Antes mesmo de tantos lamas e Ghandi,/ Foi que se inventou a calma dos monges./ Apesar dos últimos incidentes no Tibete. - Tapuia. Mestre em Letras/Linguística pela UFPI. Professor. Arre(medo) de poeta. Artista (de)plástico nas horas vá(ri/g)as. Aquele que nasceu no rio.
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