Sal e cio,
Má e ciosa:
Só o cio.
Mas se ousa
Sacio!
Codó, 08 de setembro de 2010.
Quem sou eu
- Nilson Costa Filho
- Teresina, Piauí, Brazil
- Ah! Meu coração é mole/ Feito língua de moça./ Prefiro a calma a usar a força,/ Que carne de gado criado em morro é muito é ruim:/ Dura danada.// No bombardeio ergo sempre a bandeira branca,/ Cor que cedo não quero em minha trança,/ Mesmo que digam que é experiência.// Antes mesmo de tantos lamas e Ghandi,/ Foi que se inventou a calma dos monges./ Apesar dos últimos incidentes no Tibete. - Tapuia. Mestre em Letras/Linguística pela UFPI. Professor. Arre(medo) de poeta. Artista (de)plástico nas horas vá(ri/g)as. Aquele que nasceu no rio.
sábado, 11 de setembro de 2010
DAS NOVAS ARMAS
Moça, olhe se não é o vento vindo novamente...
(O que nos deixa exangue!)
É que em pós-modernidade como essa
Não me admira o Cupido largar arco e flecha
Para usar bumerangue.
Codó, 08 de setembro de 2010.
(O que nos deixa exangue!)
É que em pós-modernidade como essa
Não me admira o Cupido largar arco e flecha
Para usar bumerangue.
Codó, 08 de setembro de 2010.
CANTAR D’AMOR ÀS AVESSAS
Fiz um dia uma coleção de fotos tuas
– Nada das mais belas –
Peguei somente aquelas
Em que de beleza estavas nuas.
Bh, 2009.
– Nada das mais belas –
Peguei somente aquelas
Em que de beleza estavas nuas.
Bh, 2009.
RUFLAR
À Eré
Feliz seja, até por instinto!
Pelo teu par de asas novo.
Quão triste não será o pinto
Que não pôde sair do ovo?
Codó, 09 de abril de 2010.
Feliz seja, até por instinto!
Pelo teu par de asas novo.
Quão triste não será o pinto
Que não pôde sair do ovo?
Codó, 09 de abril de 2010.
ATALHOS
Ora, só pega desvio
Quem já sabe o caminho.
Olhe, então, o que se viu
Com a pobre Chapeuzinho!
Codó, 12 de abril de 2010.
Quem já sabe o caminho.
Olhe, então, o que se viu
Com a pobre Chapeuzinho!
Codó, 12 de abril de 2010.
notícia que não passou do jornal
nego parente, pescador de defunto do parnaíba
bebeu
e bagunçou
e dançou até com as casadas
num dia de frejo lá na cajaíba
depois de dormir como se fosse um rei gordo
mas saiu foi com gertrude
que nem apareceu na festa
só não foi foi banhar em açude
porque já leu bandeira
mesmo dizendo que não presta
aí deixou a estoriazinha besta, meu deus
Bh, 09 de novembro de 2009.
bebeu
e bagunçou
e dançou até com as casadas
num dia de frejo lá na cajaíba
depois de dormir como se fosse um rei gordo
mas saiu foi com gertrude
que nem apareceu na festa
só não foi foi banhar em açude
porque já leu bandeira
mesmo dizendo que não presta
aí deixou a estoriazinha besta, meu deus
Bh, 09 de novembro de 2009.
Um pouco de areia no bolso
Resquício de um sonho na praia.
O vento soprando inda ouço
E a felicidade dizendo não saia.
Cúmplice, o vento erguia tua saia,
E meus dedos violavam teu biquíni
No calor do teu corpo e da praia,
Quando o desejo em tudo se exprime.
Um corpo ao outro se comprime:
Eram o sal, a água e o calor
Convidando-nos ao melhor do crime.
Então à noite fugimos pela rua,
Eu sem roupa, você sem saber da sua
E sob a lua, na areia, o amor.
Ce/Bh, fevereiro de 2004 – 13 de novembro de 2009.
Resquício de um sonho na praia.
O vento soprando inda ouço
E a felicidade dizendo não saia.
Cúmplice, o vento erguia tua saia,
E meus dedos violavam teu biquíni
No calor do teu corpo e da praia,
Quando o desejo em tudo se exprime.
Um corpo ao outro se comprime:
Eram o sal, a água e o calor
Convidando-nos ao melhor do crime.
Então à noite fugimos pela rua,
Eu sem roupa, você sem saber da sua
E sob a lua, na areia, o amor.
Ce/Bh, fevereiro de 2004 – 13 de novembro de 2009.
DECURSO POLÍTICO
Do palanque:
- Investimento...
No gabinete:
- Invertimento.
Codó, 15 de abril de 2010.
- Investimento...
No gabinete:
- Invertimento.
Codó, 15 de abril de 2010.
Quem muito usa poesia pra dizer de moças
Dá normalmente às palavras outras forças.
Delas – noutros pontos estridentes –
Soam costumeiramente bastante roucas.
Pensem como se sussurradas fossem,
Juntinho mesmo à orelha!
Outras, que predam, que têm garras e dentes aferrados,
Saem – à caça? – mansas, silentes, feito ovelha.
Como grito em rochedo de algodão,
Às nuvens, vão num vão.
Vão não vão.
Vão não vêm.
Vão... Nuvem.
E quando voltam dormentes, dormentes estão!
Codó, 23 de abril de 2010.
Dá normalmente às palavras outras forças.
Delas – noutros pontos estridentes –
Soam costumeiramente bastante roucas.
Pensem como se sussurradas fossem,
Juntinho mesmo à orelha!
Outras, que predam, que têm garras e dentes aferrados,
Saem – à caça? – mansas, silentes, feito ovelha.
Como grito em rochedo de algodão,
Às nuvens, vão num vão.
Vão não vão.
Vão não vêm.
Vão... Nuvem.
E quando voltam dormentes, dormentes estão!
Codó, 23 de abril de 2010.
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