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Teresina, Piauí, Brazil
Ah! Meu coração é mole/ Feito língua de moça./ Prefiro a calma a usar a força,/ Que carne de gado criado em morro é muito é ruim:/ Dura danada.// No bombardeio ergo sempre a bandeira branca,/ Cor que cedo não quero em minha trança,/ Mesmo que digam que é experiência.// Antes mesmo de tantos lamas e Ghandi,/ Foi que se inventou a calma dos monges./ Apesar dos últimos incidentes no Tibete. - Tapuia. Mestre em Letras/Linguística pela UFPI. Professor. Arre(medo) de poeta. Artista (de)plástico nas horas vá(ri/g)as. Aquele que nasceu no rio.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Poema olhando de cima

Lá de onde eu moro,
Teresina é um tapete de vaga-lumes
Fiado em tecido de escuridão
Pelas mãos caprichosas da noite.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

As mulheres não sabem o que fazem


Sinceramente, o que as mulheres pensam que nós somos? Elas são capazes de cometer maldades sem tamanho. Delas que nos encontram e pensam que não somos de carne e osso (e malícia!?, vá lá!): nos tacam um abraço, de cima abaixo, nos apertam contra si, dizem que estavam com saudade, nos olham nos olhos, nos falam perto da boca... Afinal de contas, para que servem os ouvidos? Perguntinha para elas.
Outras, sem a menor prudência, nos mandam e-mail, recados quaisquer tratando de assuntos profissionais, e finalizam mandando um beijo; pior, beijos. Cadê o profissionalismo? Ah! É demais para nós. Elas nem se lembram que têm a maldade inata. Não podem estar fazendo essas coisas, não! Evas perversas, peçonhentas. São sinuosas, como é o andar das serpentes. Têm os braços arredondadinhos, as carnes macias...
Diferente de nós ­– que, quando não temos o bucho etílico, mais parecemos triângulos com um dos vértices para baixo, piões - elas têm os quadris mais largos que os ombros. Que beleza! Já perceberam que sentar do lado de um homem no ônibus é a coisa mais esquisita do mundo: fica batendo ombro com ombro. Dois triângulos na mesma posição. Sentar ao lado de uma mulher é diferente, não tem problema algum: são dois triângulos que perfeitamente formam um quadrado.
Algumas que nem nos conhecem cometem o disparate de nos olhar dentro dos olhos: seja com calma, seja com ternura, seja com malícia, seja lambendo os lábios, não importa. Nos fazem ebulir do mesmo jeito. Criam um tumulto dentro de nós.
Mas não é só isso não. Elas não estão nem preocupadas com os decotes, com as lascas no vestido, com o vestido colado ao corpo, com a cinturinha desenhada pelo vestido. Não, o pior é que (devemos reconhecer) elas se preocupam sim: fazem uso dessas maldades só para nos provocar. É tudo para nos açoitar. Vocês pensam que não? Têm alguma dúvida disso?
Elas também não estão nem aí para os cabelos. Andam com eles ao vento. Deixam o vento disseminar seu cheiro por aí. Ah! Pecadoras, quanto mal nos fazem. Deveriam andar de cabelo sempre preso, de quadris sempre comportados, de decotes menores, sem lascas no vestido, sem vestido colado. Mas não: adoram mesmo é nos provocar, querem nos ver acabados...